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Quais os principais riscos de uma artroplastia do quadril? 

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A artroplastia do quadril é uma intervenção cirúrgica amplamente realizada, destinada a aliviar dores severas e restaurar a mobilidade em pacientes com condições como artrose avançada, fraturas ou doenças degenerativas. Embora os benefícios do procedimento sejam significativos, é essencial entender que ele não está isento de riscos.

Entre os riscos da artroplastia do quadril, destacam-se complicações como infecções, trombose venosa profunda (TVP) e luxações. Neste artigo, vamos detalhar essas complicações, explicar os fatores de risco e as formas de prevenção, além de destacar os cuidados que podem fazer a diferença para garantir uma recuperação bem-sucedida.

Infecções: atenção redobrada no pós-operatório

As infecções estão entre os principais riscos da artroplastia do quadril, podendo ocorrer tanto no período inicial, até três meses após a cirurgia, quanto anos depois, como infecções tardias.

A incidência de infecções em próteses de quadril gira em torno de 1%. Apesar de parecer baixa, trata-se de uma complicação séria, já que a falta de vascularização na região da prótese dificulta o combate a microrganismos. Antibióticos têm dificuldade em alcançar o local, o que pode tornar o tratamento desafiador.

Fontes de infecção

As infecções podem ter diversas origens:

  1. Locais: causadas por microrganismos presentes na pele ou nos tecidos ao redor da ferida cirúrgica.
  2. Sistêmicas: transportadas pelo sangue a partir de outras infecções no corpo, como abscessos dentários ou infecções urinárias.
  3. Hematomas: pequenos acúmulos de sangue formados durante a cirurgia podem se infectar, especialmente nas primeiras duas semanas do pós-operatório.

Quem está mais vulnerável?

Certos pacientes apresentam maior risco de desenvolver infecções. Isso inclui pessoas com:

  • Diabetes.
  • Imunidade comprometida (como transplantados ou pacientes com HIV).
  • Doenças reumáticas ou anemia falciforme.
  • Psoríase ou outras condições de pele.

Para esses pacientes, pode ser indicada uma consulta pré-operatória com um infectologista, garantindo que todas as medidas preventivas sejam tomadas.

Sinais de infecção e diagnóstico

As infecções precoces geralmente apresentam sintomas como dor intensa, vermelhidão e inchaço na área da cirurgia. Já as infecções tardias podem ser mais difíceis de detectar, com dor leve e poucos sinais visíveis nos exames iniciais.

O diagnóstico pode incluir exames laboratoriais, radiografias, cintilografia óssea e ressonância magnética. Em casos mais complexos, uma punção articular pode ser realizada para análise do líquido sinovial.

Tratamento

Quando a infecção é confirmada, o tratamento deve ser imediato. Na maioria dos casos, são necessárias cirurgias adicionais para limpar a área afetada, além do uso de antibióticos intravenosos. Dependendo da gravidade, podem ser realizadas:

  • Revisões em dois tempos: remoção da prótese infectada, implantação de um espaçador com antibióticos e colocação de uma nova prótese após 6 a 8 semanas.
  • Revisões em tempo único: substituição direta da prótese infectada por uma nova durante a mesma cirurgia.

Trombose venosa profunda: um risco evitável

A trombose venosa profunda (TVP) está entre os riscos relevante da artroplastia do quadril. Essa condição ocorre quando o sangue coagula em uma veia, bloqueando o fluxo normal. A TVP pode levar a complicações graves, como embolia pulmonar, quando o coágulo se desloca para os pulmões.

Principais fatores de risco

Os fatores que aumentam a probabilidade de TVP incluem:

  • Cirurgia de grande porte, como a artroplastia do quadril.
  • Imobilização prolongada no pós-operatório.
  • Obesidade, tabagismo e uso de anticoncepcionais.
  • Histórico prévio de TV
  • O tabagismo também aumenta o risco de TVP ou doenças tromboembólicas.

Sintomas e diagnóstico

Os sinais de TVP incluem inchaço nas pernas, dor localizada, sensação de calor e endurecimento. Para diagnosticar, o exame mais utilizado é a ultrassonografia com doppler, que permite identificar a presença de coágulos nas veias afetadas.

Prevenção e tratamento

A prevenção de TVP é fundamental e começa antes mesmo da cirurgia. As estratégias incluem:

  1. Mobilização precoce: incentivar o paciente a se movimentar o quanto antes.
  2. Dispositivos de compressão venosa: que promovem a circulação do sangue nas pernas.
  3. Anticoagulantes: medicamentos administrados por via oral ou subcutânea durante 28 a 35 dias no pós-operatório.

Se a TVP for diagnosticada, o tratamento geralmente envolve o uso de anticoagulantes para dissolver o coágulo e prevenir complicações.

Luxações: quando a prótese sai do lugar

A luxação da prótese é uma complicação que ocorre quando a cabeça femoral se desloca do componente acetabular. Esse risco é mais comum nos primeiros seis meses após a cirurgia, período em que os tecidos moles estão em cicatrização.

Fatores que aumentam o risco

Diversos fatores podem contribuir para uma luxação, como:

  • Doenças neuromusculares, como Parkinson.
  • Problemas cognitivos ou demência, que dificultam o cumprimento das recomendações pós-operatórias.
  • Posicionamento incorreto da prótese durante a cirurgia.

Tratamento

Quando ocorre uma luxação, o reposicionamento da prótese, chamado de redução, pode ser realizado de forma fechada (sem cirurgia) ou aberta (com intervenção cirúrgica). Luxações precoces geralmente têm melhor prognóstico.

Fraturas durante ou após a cirurgia

Embora raras, fraturas podem ocorrer durante a colocação da prótese, especialmente em ossos frágeis ou osteoporóticos. Algumas são tão pequenas que passam despercebidas, mas fraturas maiores podem exigir fixação com placas e parafusos ou até a troca de componentes da prótese.

Cuidados essenciais no pré e pós-operatório

A prevenção das complicações começa com um bom planejamento pré-operatório e continua com cuidados rigorosos após a cirurgia.

Antes da cirurgia

  • Realizar uma avaliação detalhada, incluindo exames laboratoriais e de imagem.
  • Controlar condições como diabetes e infecções ativas.
  • Parar de fumar, se aplicável, para melhorar a cicatrização.

Após a cirurgia

  • Seguir rigorosamente as orientações médicas.
  • Evitar atividades que sobrecarreguem o quadril.
  • Manter consultas regulares para monitorar a recuperação.

Consulte um especialista 

Embora a artroplastia do quadril seja uma cirurgia segura e eficaz, conhecer os riscos associados é essencial para tomar decisões informadas. Complicações como infecções, trombose venosa profunda e luxações podem ser minimizadas com diagnóstico precoce, prevenção adequada e cuidados contínuos.

Seguindo as recomendações médicas e mantendo um acompanhamento cuidadoso, os pacientes podem desfrutar de uma recuperação bem-sucedida e dos benefícios de uma vida mais ativa e confortável após a cirurgia.

Se você sente dores frequentes no quadril ou nota limitações em sua mobilidade, o ideal é procurar orientação médica para encontrar o tratamento mais adequado às suas necessidades. Como especialista em quadril, eu posso te ajudar no processo de recuperação pré e pós-cirúrgico, a depender da sua necessidade. Entre em contato comigo e agende uma consulta para saber mais sobre meu trabalho. 

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