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A radiologia do quadril

Optei por fazer um capítulo intitulado “radiologia” pela dificuldade encontrada quando fui tentar aprender a radiologia do quadril. Na verdade, os especialistas em cirurgia do quadril tendem a saber muito sobre os eventos que se sucedem após a realização de uma prótese no quadril. A formação geral de um cirurgião de quadril, em muitos centros, foca principalmente as fraturas e as próteses. Não é de se estranhar, portanto, que os especialistas naturalmente saibam mais acerca disso. Comigo não foi diferente. Tudo o que ocorria com uma prótese total do quadril em termos de radiologia investigativa eu dominava bem.


Mas os tempos mudam. Novas afecções foram sendo descritas com o tempo, e muitos pacientes, sobretudo jovens, que até então davam-se por satisfeitos ao ouvirem de seus médicos que deveriam abandonar seu esporte predileto ou aguardar o tempo de fazer sua prótese, mesmo que isso significasse que ele nunca mais poderia fazer esportes de alto impacto.


Não mais. Agora, com o advento da descrição do impacto fêmoro-acetabular, principalmente como o fator isolado mais comum causador de artrose da articulação do quadril, todos tiveram que correr atrás do conhecimento, tanto científico quanto de técnicas capazes de aliviar o impacto e, com isso, tentar mudar o curso natural de seu desfecho: o desgaste articular, sinônimo de artrose.


Diante disso, na busca de conhecimento sobre artroscopia do quadril, deparei-me com a necessidade de conhecimento sobre como diagnosticar as possíveis afecções que poderiam necessitar de uma artroscopia. Era o início da era artroscópica no quadril e nem sequer haviam indicações bem definidas. Iniciavam-se publicações de diagnóstico por imagem na literatura médica especializada e me era angustiante não saber interpretar uma imagem na ressonância magnética. Tampouco saber sobre artro-ressonância magnética, que é a ressonância com adição de contraste na articulação para permitir maior poder diagnóstico.


Surge então o Dr. Abdala Skaf, que começara a trabalhar no departamento de Imagem músculo-esquelética do Laboratório Fleury. Com ele trabalhava a Dra. Denise Tokechi Amaral. Os dois tinham grande conhecimento técnico e científico, o que chamou-me imediatamente a atenção. Porquê não organizar um curso com aulas mensais para que pudessemos nos integrar e assim todos aprenderiam? Fizemos um programa anual e essas aulas e discussões tornaram-se um sucesso. Aprendi diagnóstico por imagem no quadril. Ainda hoje, estimulados por essa amizade inicial, muitos radiologistas participam ativamente das discussões e nos ensinam diagnóstico por imagem músculo-esquelética do quadril na reunião mensal da SBQ Regional São Paulo (Sociedade Brasileira de Quadril). Seria injusto não citar que os ensinamentos e a ajuda do Dr. Xavier Stump, do Hospital Osvaldo Cruz foram fundamentais nessa evolução.


Em conversa com a Dra Denise e com o Dr. Abdala houve imediatamente a receptividade de estender o conhecimento de imagem no quadril a quem tivesse interesse. Imagino que isso pode ajudar tanto ao leigo, que quer ter acesso a maior conhecimento sobre a afecção de seu quadril e principalmente ao profissional médico, que quer aprender da forma que eu aprendi: com radiologistas competentes, com paciência e desprendimento para ensinar os outros humildemente. Raro isso. Temos o privilégio de tê-los como aliados e nessas páginas temos a chance de aprender bastante.


Giancarlo Polesello

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